No primeiro pequeno intervalo da saga pandémica, falámos muito sobre casamentos pequeninos.
Este novo formato menos habitual por cá tem um charme muito específico. Logisticamente, ao consumir menos recursos em quantidade, permite que se façam outro tipo de escolhas em qualidade – ementas mais requintadas e surpreendentes, design floral e decoração de ambiente mais espectaculares, estacionário sofisticado e cheio de detalhes manuais, outro tipo de espaços, menos condicionados pela lotação.

E se falarmos de emoções, menos pessoas equivale a uma escolha muito próxima e intencional, só mesmo o círculo mais apertado, a quem podemos dedicar atenção não dividida… Quanto a valores, os números também poderão ser um pouco mais baixos, mas não proporcionalmente, claro.

Neste terceiro ano que agora começa, continuamos a tropeçar nas imagens dos casamentos que foram acontecendo, nos seus muitos formatos, durante esta temporada. Pelo uso de máscara, pela escala pequena, pelo uso amplo do espaço, os sinais desta época estão fixados nas imagens. E há um charme neste registo – não só do ponto de vista histórico.

A frugalidade requintada dos mini weddings é muito apelativa. Talvez seja a qualidade de tudo o que vemos, talvez seja a leveza na abordagem, tudo a descomplicar, talvez seja a conexão entre as pessoas, ainda mais pálpável do que o habitual.

Lauren + Sam casaram no intervalo da pandemia, com o sua dúzia de familiares e amigos. Vestido maravilhoso em cetim de seda da marca belga La Collection e fato comprados online, sapatos de noiva clássicos, véu da mãe.
Escolheram um espaço com afinidades sentimentais, onde passaram muitos fins-de-semana, composto por um pequeno hotel de sete quartos e um restaurante fenomenal. A decoração floral, bouquet de noiva incluído (o mais mimoso!) ficou por conta do hotel e o topo do bolo dos noivos veio do casamento dos pais.

Da lista de assuntos importantes para os noivos, a fotografia e a refeição estavam no topo, encabeçados pela cerimónia. E neste formato, quando encolhemos números, podemos, alegremente estender outros – aquele fotógrafo, aquele chef ou ementa, e, também, tomar decisões mais intimistas.

“We shared some of our favourite dishes and pairings with the chefs and they whipped up a menu that touched on all of our favourite things. It’s a dinner I’ll always remember!

We tried not to sweat the small stuff, and there were a lot of things we just let fall into place without trying to control them too much. It’s a special moment, but what makes it special is the people and the monumental feeling of the moment vs. the flower arrangement on the table…

We spent the most time thinking about the ceremony. We wanted to make it feel ours; not plan a wedding, but plan our marriage.

In some ways, COVID gave us some permission and confidence to do exactly what we’d always wanted to do. I would just encourage people to do whatever they want without feeling pressure to do otherwise.”

Que festa bonita, que noiva feliz e que pinta, tudo isto!

Podem ver tudo em detalhe aqui. Fotografia de Meg Smith.