De regresso, e cheia de vontade de acertar o passo. E vocês, como estão?
2024, apesar do mundo estar virado do avesso e em total convulsão, aterrou com um certo optimismo e leveza. Faço 50 anos (ufa!) e acho que tomei a decisão (inconsciente?) de fazer dele uma boa temporada. Uma atitude como outra qualquer, e porque não?
Então comecemos o ano devagarinho, com inspiração suave e muito delicada – apenas pelo puro prazer de observar coisas belas e nos imaginarmos a usá-las.
Muito se tem falado de luxo silencioso, onde a marca é invisível mas a qualidade é a assinatura claríssima: o corte irrepreensível, o cair dos tecidos, o toque dos materiais, e quase sempre um aspecto minimalista e muito frugal, até monástico, como se as frivolidades e joie de vivre não fossem para ali chamadas. Interessante, mas um bocadinho aborrecido e desalmado, não acham?
Eu gosto de detalhes que falam a mais do que um dos cinco sentidos, algum desarrumo, e uma certa impressão digital ou falha humana que nos fala do carácter de quem fez. E acho mais interessante a ideia de silêncio luxuoso – é um vibe que pede de nós, faísca uma conversa sem palavras, feita com olhares e toques, convida à descoberta.
Serei só eu?
De cima para baixo, estupendo casaco de malha forrado a flores de tule, da Zara, brincos e sandálias de pele Massimo Dutti, linha Studio, um bolo dos noivos lindo da Tourangelle Patisserie e um bouquet de noiva profusamente desarrumado e interessante, com flores secas e frescas, do Studio Mondine.