O primeiro convidado a explorar o universo Casava-me assim é o Gustavo Simões, fotógrafo de casamentos e caçador de instantes mágicos.
Conheci o Gustavo no Luzo Workshop, em 2019. A organização convidou-me para falar um pouco sobre edição e publicação de conteúdos, e aproveitei para assistir a algumas apresentações e conversar com quem lá estava, durante os intervalos.
Uns meses depois, o Gustavo ligou-me para nos encontrarmos e para me mostrar o que tinha fotografado entretanto, a solo. O volume de trabalho era ainda muito pouco, mas a qualidade já lá estava, imagem atrás de imagem.
O Gustavo Simões é um caçador de imagens. Observa, espera e capta o frame certeiro: o que contém as emoções, os sorrisos, as mãos que se tocam, a essência das pessoas. Inspira-se no que o rodeia, mas, sobretudo, no que vem de dentro de si.
As imagens que cria são a extensão visível de uma emoção, de algo transformador e que, de alguma forma, o faz vibrar.
Estas são as escolhas do Gustavo Simões:
“Às vezes a minha mãe pergunta-me “se te fosses casar, onde e como te casavas?”.
Acaba por ser uma questão muito semelhante à tua e por isso foi-me bastante fácil colocar-me nesta posição e construir um dia à minha medida.”
“Em 2020 fiz um casamento muito bonito e pensei, durante o ano inteiro, que se me casasse, casava-me assim. Passo a descrever:
Seria um casamento pequeno, só com a família e os amigos. O local seria também adequado a esta escala intimista, e a Casa da Volta, em Grândola, é exactamente isso – uma villa no meio do Alentejo, com uma arquitectura contemporânea, enquadrada na paisagem.
Neste espaço há um equilíbrio entre o que é antigo e as adições modernas. Dos limoeiros e cactos à piscina moderna, acho que é o sítio perfeito para um evento calmo sem os excessos de um casamento tradicional.
“Após muitos casamentos, sei uma coisa, odeio fraques, talvez pelo aquilo que eles representam na sociedade… Como homem, gostei muito da forma como este noivo estava vestido e imagino-me a casar com algo parecido, um fato Ayres Bespoke Tailor.
Gosto muito das flores da noiva, são da KCKliko. Nada de novo, mas acho que são dos arranjos florais mais bonitos no nosso mercado de casamento.”
“Fecho com o serviço de catering, se calhar o melhor que já degustei nos muitos casamentos em que trabalhei… Comi um borrego no forno e assado na grelha da própria Casa da Volta, delicioso, servido pela equipa da Two Pack Kitchen.
O bolo dos noivos – e eu não sou da tribo “mais bolos” -, era delicioso e bastante bonito. Foi feito pela Sandra Bernardo, da Migalha Doce.”
Parece-me tudo muito especial – a intimidade, a arte de bem receber e celebrar. Este formato de pequena escala continua a ser um dos meus favoritos, precisamente pela proximidade e presença de todos, juntamente com a oportunidade de criar uma experiência verdadeiramente à medida e singular. A força dos pequenos números permite isso mesmo.
Como vos disse no post anterior, esta rúbrica é todo um exercício de variedade e qualidade. Vão passar por aqui amigos, parceiros, clientes antigos e actuais, conhecidos e desconhecidos, cujo trabalho e linguagem sigo com deleite.
Vão mostrar-nos o seu mundo, para onde olham e o que escolheriam para o mais bonito dos dias, hoje, à luz de quem são, do que fazem e do que os emociona, sem constrangimentos de orçamento ou de imaginário. Não é maravilhoso?
Fiquem a conhecer o trabalho do Gustavo Simões aqui e aproveitem para espreitar este casamento em detalhe.
Para a semana, na próxima sexta-feira, o palco é da Sílvia Pontes – nem imaginam o que vos espera!